Sempre que nos reunimos (sempre foi assim), lembramos de fatos e acontecimentos que marcaram nossa história familiar. São recordações que nos levam a rir muito. Mas ultimamente, temos nos reunido mais para analisar essas lembranças e então surge uma pegunta: Será que tudo isso já era sinal da doença? Sinceramente? Não sei. Espero um dia ter essas explicações.
Bem, vamos às recordações. Me lembro e, isso desde menina as trapalhadas que meu pai fazia e que eram motivo de riso para nós (éramos crianças!) e constrangimento para ele. Certa vez, na hora do jantar colocou a comida numa bacia que usávamos para lavar o rosto, é isso mesmo, morando na roça, sem água encanada, usávamos uma bacia para a higiene matinal. Outra vez, ele pegou a concha como talher! Ao entrar num veículo, nunca achava a maçaneta para abrir a porta. No carro de duas portas é preciso levantar o banco para entrar, pois ele já tentou sentar no banco levantado, de costas para a frente do carro! E quando tenta entrar com a perna contrário ao lado em que vai sentar?! Coisas aconteciam e a gente achava que ele era um pouquinho atrapalhado, e talvez por conta de sua timidez.
Minha mãe conta que esse fato da comida na bacia já havia acontecido. Foi logo depois do casamento.
Esquecido. Sempre esquecia das coisas. Numa lista de dez, ele esquecia a metade. Essas coisas e outras que ainda contarei conforme as lembranças surgirem, são fatos acontecidos até os 60 anos. Depois vieram os esquecimentos mais constantes, começar uma história e não lembrar de lugares, pessoas; esquecer a própria história na metade e ficar triste e muito chateado por perceber que sua memória estava ficando cada vez, mais "fraca".
Nessa época, minha mãe o levou ao médico e ele deu um remédio para ajudar, além de recomendar exercícios físicos.
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