sábado, 8 de setembro de 2012

Alzheimer - o cadeado

Depois do ocorrido Desaparecimento dele por mais de vinte e quatro horas), tomamos uma decisão: deixar os portões fechados e uma cópia de chave para cada filho. Decisão tomada, assim se fez. Quando ele está bem quer sempre saber o portão está fechado. Então lhe explicamos que é mais seguro, pois com os problemas de violência... No momento ele aceita, mas logo pede para sair. É preciso ter sempre alguém por perto com disponibilidade de dar umas voltinhas com ele, sair dos limites da casa o deixa muito feliz. É possível, nessas horas, ouvir belas histórias de sua memória antiga. Mas não podemos descuidar em nenhum momento. Quando ele está lúcido, anda devagar, bem devagar, quando não está lúcido, é tudo diferente, anda mais rápido, não olha para os lado e sim de cabeça baixa. Não gosta de ser vigiado.