quarta-feira, 24 de abril de 2013

O compartilhar...

Quando soube da doença de meu pai, decidi usar esse blog só para contar tudo, todas as fases, o tratamento, nossas reações e decisões. Mas através desse espaço tenho recebido comentários, e-mails de pessoas que viveram ou estão vivendo a mesma situação. Quero compartilhar (com a autorização dele), as palavras de um leitor: Porém, o que mais me atraiu foi a história de seu pai. Eu tenho 45 anos, moro na cidade de Lins-SP a quase dois anos, mas sou de Santa Cruz do Rio Pardo-SP onde fui criado pelos meus avós maternos desde os dois anos, após a separação de meus pais. Meu avô faleceu em 11/2011 e minha avó em 07/2012. Meu avô era analfabeto e minha avó alfabetizada. Minha avó sempre me guiou pelos caminhos de Deus, mostrando sempre, desde pequeno a importância das orações, rezava vários Terços por dia, e era generosa como poucas que já vi na vida. Meu avô, apesar da pouca cultura, me ensinou muito com seus exemplos de retidão e honestidade, o que ajudou a moldar meu caráter. O que me leva a entrar em contato com você é que me identifiquei muito com sua história, já que os dois tiveram o Mal de Alzheimer também e muito do que você relata aconteceu conosco lá em casa, desde os momentos tristes, alegres, a organização da família para ajudar, enfim, tudo. Eu sou eletricitário, trabalho numa Subestação de Transmissão de energia elétrica, sou bacharel em Direito, casado, com um filho de 12 anos, mas gosto mesmo é de mexer com "coisa velha" e ver se transformando em algo novo. Gosto muito de ler, embora esteja lendo menos atualmente, essa sempre foi uma grande paixão minha. Espero que não a incomode, só quero que saiba que sua mensagem de fé chegou até mim, em alguns momentos me emocionei muito lendo a história de seu pai pois foi como se passasse um filme em minha cabeça relembrando tudo o que aconteceu com meus pais/avós. Estarei acompanhando seus blogs diariamente. Um grande abraço a você, seu esposo e toda sua família. Continuem com Deus!


Sem dormir

Tem noites que é muito difícil. então quem passa a noite com ele, não dorme. Ele toma remédio para dormir, mas não faz efeito. Só dorme uma noite inteira depois de várias sem dormir. Nessas noites que não dorme, vai muito ao banheiro. É preciso estar atento para levá-lo até ao sanitário, pois ele urina em qualquer lugar, mas uma vez conduzido ao vaso sanitário, faz direitinho. Então é quase rotina nas madrugadas ter de usar rodo, balde, desinfetantes...