quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tudo novo...

Já em casa, o corre-corre atrás de alimentação, equipo, frascos, cama hospitalar, colchão (casca de ovo) fraldas, luvas, pomadas, faixas para as mãos,  hidratantes, etc,etc,etc, coisas e mais coisas... Enfrentamos tudo com muita força, muito amor e cuidado. Deus sempre disponibiliza pessoas para ajudar e meios para tudo! Continuamos com a escala nos cuidados, eu e minha irmãs nos revezamos durante o dia e meus três irmãos que moram aqui, se revezam a noite. Tudo ainda é muito novo, mas já recebemos a visita de parte da equipe domiciliar, que nos ajudou sanando algumas dúvidas e nos orientando no que não sabíamos e assim estamos vivendo. Deus tem acalmado mais o coração de minha mãe. Está sempre por perto, auxilia no banho, cuida das roupas sempre muito limpas e passadas, se preocupa om a higiene dele e da casa. Cada dia é um dia! Cremos no socorro que vem do alto, do Pai da luzes, como diz o texto bíblico de Tiago.

Nova rotina

A rotina se inicia às seis e meia da manhã com a higienização dele, troca de fralda, limpeza da boca, troca de roupa... enquanto isso, alguém cuida de ferver a água para o preparo da alimentação enquanto não recebemos a alimentação industrializada que devemos receber. O preparo desse alimento exige muito cuidado com as mãos, com os utensílios, e o próprio alimento. Também os frascos, equipo, seringa, material para aplicação do alimento, da água e remédios, exigem muita atenção. São cinco horários de alimentação, água e os remédios nos intervalos. A higiene pessoal é algo muito sério, pois o uso constante de fraldas, as assaduras ocorrem e é sofrido tratar. Ele não fica na cama o tempo todo. Fica boa parte sentado numa poltrona confortável, o que facilita na hora da alimentação. De tempo em tempo, levantamos os pés para não incharem. Uma coisa é certa: é muito difícil para uma pessoa só dar conta nessa fase.

Momento difícil

Por mais que nos esforcemos para enfrentar as adversidades da vida, nunca estamos totalmente preparados para  situação que estamos vivendo. A doença avançou muito rapidamente. Não esperávamos que ele parasse de engolir tão cedo. De repente, não engolia mais! Sabíamos que isso iria acontecer, mas não tão rápido. Nos vimos dessa nova situação. Hospital, internação, soro, sonda, volta para casa. Na hora da alta eu é que estava lá no hospital com ele. Recebi as orientações da médica, da nutricionista e da assistente social. Da médica orientações gerais; da nutricionista, a alimentação e cuidados com a sonda; da assistente social, orientação em relação ao atendimento que receberia da equipe domiciliar do município.

A sonda

Realmente parou de engolir. Internações curtas para tomar soro em meio às tentativas para voltar a engolir. parou de vez. Nova internação e a recomendação médica foi a sonda. Alimentação água e remédios por sonda. Um momento muito difícil para nós, pois por conta da agressividade que ele ainda conserva foi muito doloroso a colocação. Foi triste demais vê-lo de mãos atadas, pois se deixá-las livres, ele tira a sonda e aí terá que colocá-la novamente. Já está em casa. Continua a alimentação pela sonda. Quanta coisa tivemos que aprender por conta desse situação.