quarta-feira, 21 de março de 2012

Alzheimer - Humor

Do portão ouvi o tom grave de voz do meu pai. Discutiu com minha mãe e agora contava para meu primo Adriano que mora nos fundos da casa a quem ele permite ainda que faça-lhe a barba. O motivo da conversa era sobre roupa. Chegaram da igreja e com o calor que anda fazendo por aqui, minha mãe deu-lhe uma camisa de manga curta. Ele não gostou e brigou: onde já se viu, um homem como eu ficar com os braços de fora, não respeitam mais como antigamente. Minha mãe então, propôs que vestisse a camisa de manga comprida, mas aí ele não quis mais, mas não encerrou o assunto e foi comentar com o Adriano e foi aí que chegamos. Entrei em casa assustada, pois do portão era possível ouvir-lhe a voz. Voz que eu em meus cinquenta e um anos de idade nunca ouvira mais alta. Interessante que o assunto sobre vestimentas continuou. Conversando com o Ozias, meu marido, ele relembrou de como eram as roupas de antigamente. Lembrou de como eram mais duráveis. Recordou também da moda, principalmente das calças masculinas e suas "bocas de sino" dos anos 70. Chegou até imitar meu irmão, o Adilson que usou muito dessas calças e como era o modo de andar de quem as usava. Riu muito com isso.

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