domingo, 22 de abril de 2012

Alzheimer - Passeio

Cheguei em casa hoje para almoçar e encontrei meu pai querendo voltar para casa. Disse que minha não queria levá-lo para casa e ele não sabia o caminho de volta. Almoçamos e ele não parava de pedir para voltar para casa dele. Então meu esposo, Ozias, disse a ele que o levaria. Ficou feliz, seu rosto transformou. Queria ir a pé, mas começava a chover e então aceitou ir de carro. Já no carro, estava bem e reconhecendo as coisas. O passeio foi longo. Ozias o levou à uma plantação de cana e ele reconheceu a terra escura como terra boa e a necessidade do uso de botas para trabalhar. Ozias também o levou a lugares por onde ele trabalhou: um sítio onde se cultiva mudas de plantas ornamentais e frutíferas; frente a empresa onde ele tinha um carrinho em que se vendia doces, bolos, pastéis eitos por minha mãe na madrugada e mostrou-lhe a empresa onde ele teve a seu primeiro registro em carteira. Passeou pela rodovia Anhanguera, mostrou-lhe a primeira casa que alugaram assim que aqui chegaram. Enfim, quando eles retornaram, tinha em seu rosto um lindo sorriso. Passou uma tarde feliz e quando os outros filhos iam chegando para o café das quatro, ele relatava direitinho. E o mais emocionante foi na hora de despedirmos, ele agradeceu ao Ozias pelo passeio. Ozias prometeu levá-lo novamente e disse que quer novamente passear.

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